Um dos idealizadores do Programa de Prevenção e Repressão de Roubos a Condomínios da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o Major José Elias de Godoy diz que é essencial o engajamento dos síndicos para melhorar o padrão de segurança dos empreendimentos. “Eles precisam investir na qualificação de seu pessoal para saber como prevenir e também agir mediante as ocorrências.”
Um dos idealizadores do Programa de Prevenção e Repressão de Roubos a Condomínios da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o Major José Elias de Godoy diz que é essencial o engajamento dos síndicos para melhorar o padrão de segurança dos empreendimentos. “Eles precisam investir na qualificação de seu pessoal para saber como prevenir e também agir mediante as ocorrências.”
O major lembra que boa parte das invasões continua ocorrendo nos acessos das garagens e dos pedestres, por falhas de procedimentos de funcionários e condôminos. Elias de Godoy costuma orientar os condomínios a que se organizem em anéis de segurança, delimitando espaços onde determinados tipos de equipamentos e também de procedimentos devem ser adotados para evitar que os edifícios sejam invadidos e, se houver a quebra de uma primeira barreira, que não haja rendição de portarias, halls sociais e de serviços e até mesmo das unidades.
Outro fator importante é solicitar que os candidatos a funcionários apresentem atestado de antecedentes criminais, documento fornecido gratuitamente através do site da Secretaria de Segurança Pública e pela Polícia Federal. No entanto, Elias de Godoy ressalva que é preciso cuidado para não discriminar pessoas que tenham cumprido pena, e, portanto, estão quites com a sociedade. Na verdade, o atestado informa se o candidato apresenta “pendências jurídico-criminais atuais”, o que tampouco é suficiente ao síndico e ao administrador. O ideal, segundo o major, é ainda “conhecer melhor o funcionário e sua família”.
Para o síndico Carlos Scaff, que há dez anos está à frente de um condomínio de 20 apartamentos na zona Sul de São Paulo, o foco é mesmo investir em equipamentos de segurança. No momento, ele planeja modernizar o sistema de CFTV, reforçar o controle de acesso de moradores, visitantes e prestadores, e contratar uma consultoria na área. Carlos Scaff lembra que seu prédio, quanto foi entregue, em princípios dos anos 80, sequer tinha guarita. O porteiro ficava no hall social, situação que mudou radicalmente com a construção da portaria e das eclusas das garagens e do portão de pedestres. “Há um anseio geral por maior segurança e quanto mais pudermos automatizá-la, ficaremos menos vulneráveis ao fator humano”, acredita o síndico, que participou de um dos treinamentos oferecidos pela Direcional Condomínios.
Uma alternativa que alguns síndicos têm buscado é a participação nas reuniões periódicas dos Conselhos Comunitários de Segurança, também ligados à Segurança Pública do Estado. Através do site www.conseg.sp.gov.br, gestores e condôminos podem conferir a agenda dos encontros de sua região. “É um espaço em que os síndicos podem pedir iluminação em sua rua e limpeza de terrenos baldios, que são fatores importantes à segurança”, avalia Vicente D’Errico Netto, um dos fundadores dos Conseg’s na Capital e vice-presidente do órgão da região de Casa Verde e Santana, na Zona Norte de São Paulo.
Matéria publicada na Edição 182 da Revista Direcional Condomínios.