Geradores: Investimento em segurança e conforto

O Condomínio-clube Praça 2, em Diadema, vira e mexe ficava sem energia elétrica devido à sobrecarga nos transformadores da rua, provocada pela demanda das fábricas vizinhas.

Síndica profissional Adriana Rocha

Adriana Rocha: “Moradores temiam alto nível de ruído; modelo a gás foi a solução”

Até aí já havia motivos para se investir em geradores. Mas isso só aconteceu depois de um morador que se locomove por cadeira de rodas precisar dormir no carro porque o elevador estava parado, sem energia. “Levamos essa questão à assembleia, alegamos que o fornecimento de energia ininterrupta manteria os elevadores em uso durante os apagões, o que beneficiaria também pessoas idosas, ou com crianças de colo, afinal são 27 andares!”, conta Adriana Rocha, na ocasião residente e síndica orgânica. “E ratificamos que o gerador traria mais segurança ao condomínio, mantendo a operacionalidade de câmeras, acionamento de portões, além de iluminar o ambiente à noite”, completa.

Hoje síndica profissional, Adriana cuida de condomínios com projetos diferentes, por isso está acostumada com geradores alimentados a óleo diesel e a gás natural encanado. Ela lembra que no Praça 2 a relutância dos condôminos em adotar um gerador era por receio de barulho, por isso optou-se pelo modelo a gás, que é silencioso. Foram instalados três equipamentos nas áreas comuns, cada um próximo a uma torre do condomínio.

Outro temor dos condôminos, recorda Adriana, era assumirem uma despesa estratosférica, o que se provou infundado segundo a síndica. “Na época, pagamos R$ 200 mil em 10 parcelas, e o valor foi rateado por 654 unidades, não ficou pesado”, avalia. A manutenção preventiva, informa, saía por cerca de R$ 1.000. “Com boa manutenção, um gerador tem vida útil de 20 anos. A manutenção é necessária para durabilidade e funcionalidade. De nada adianta ter o equipamento e não funcionar quando precisarmos”, diz Adriana.

No momento, a síndica está cotando geradores para um condomínio de nove andares e 60 unidades em Santo André. “Lá, a questão não é ter de subir escada quando falta luz, mas sim a vulnerabilidade, pois tem portaria eletrônica, o portão de pedestre fica aberto sem energia e as câmeras desligadas. O nobreak permite abrir o portão de garagem, mas não dura muito mais de quatro horas. Nesse tipo de portaria, o gerador é essencial”, conclui.


Matéria publicada na edição 286 fevereiro/2023 da Revista Direcional Condomínios

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