Condomínios marcam pontos ao reformar espaços destinados às disputas esportivas, deixando-os mais seguros e agradáveis.
Palco de socialização entre vizinhos, jogos recreativos das crianças e partidas disputadas por efusivos adolescentes, as quadras e campos esportivos são bastante utilizados em condomínios. Por isso requerem manutenção periódica ou uma boa reforma quando se fizer necessária. Foi assim no Condomínio Chácara Alto da Boa Vista, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, que recuperou seu campo de futebol society após dois meses de uma obra completa.
Síndica profissional e também moradora do local com 11 torres, Nilvea Riccardi Alcalai relata que o estado causava preocupação. “As raízes de árvores próximas tinham se esparramado ali, rachando o piso permeável, e havia desnível pelo próprio desgaste do gramado sintético. Corríamos sério risco de ter acidentes”.
A reforma envolveu substituição da antiga grama, troca de traves, do placar eletrônico e da tela que cobre o campo. O custo não foi baixo, mas Nilvea priorizou a qualidade dos materiais e do serviço para evitar o retrabalho. “Ao reformarmos, temos de analisar de que maneira a área será usada, e no campo society a rotatividade é alta. Se a obra não for condizente ao número de moradores, vai se deteriorar logo”.
Renan Calligaris, engenheiro civil que atua como Gerente Operacional nesse condomínio clube de Santo Amaro dá outra dica para chegar a um resultado durável: é necessário um estudo técnico prévio a fim de averiguar a condição do solo, pois pode ser necessário tratá-lo primeiro antes de partir para o revestimento.
Mesmo sem episódios de empoçamento, a obra otimizou o sistema de drenagem com a criação de valas nas laterais do campo para auxiliarem no direcionamento da água da chuva às galerias. Já o piso foi regularizado com brita e finalizado com emulsão asfáltica, o que confere resistência sem perder a permeabilidade. “O sistema de drenagem ficou 100% eficiente”, avalia o engenheiro.
Quanto à questão das raízes, para que não invadissem novamente o solo maleável sob o gramado sintético, Renan explica que foi construído um muro de contenção interno. “Agora, ao chegarem à barreira, as raízes se direcionarão para baixo, buscando se alimentar dos minerais do solo. A intervenção não causará danos às árvores”, assegura.
Isolamento térmico
No Collina Parque dos Príncipes, com seis torres e 448 unidades no Butantã, zona oeste da cidade, a sua quadra poliesportiva foi reformada na fase inicial da pandemia. O procedimento contou com correção e repintura do piso, adoção do sistema de iluminação de LED e substituição de acessórios. Mas as benfeitorias não param, tanto que o espaço ao ar livre será coberto com telhas termoacústicas.
A síndica profissional Eliane Rasquel, que nele reside, conta que esse material representa um gasto total de 70 mil reais a mais quando comparado com a versão metálica convencional, mas avalia que o investimento é justificável. “Cada vez temos mais chuva e calor por causa do efeito estufa, então é uma obra necessária e que agrega valor ao condomínio”.
No momento, a quadra poliesportiva passa também por reforço no quesito segurança. O sistema de fixação da base do alambrado, até então feito por ganchos, será trocado por outro, confeccionado em serralheria – a malha do gradil será finalizada em torno de um tubo, impedindo pontas soltas do arame, que, por serem afiadas, podem machucar especialmente as crianças.
Na prevenção de acidentes, Eliane destaca também o papel indispensável de cantoneiras robustas de EVA. Ela cita até um caso recente de jovem morador do Collina que, ao se acidentar em uma partida de futebol, só não teve ferimentos mais graves graças ao tal acessório, que amorteceu o impacto da cabeça. “Os pais dele contaram que o médico elogiou a qualidade do nosso protetor e agradeceram por termos investido em segurança na quadra”, diz a síndica.
Matéria publicada na edição – 277 – abr/2022 da Revista Direcional Condomínios
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