Guia Especial de Manutenção Direcional Condomínios – Acessibilidade

A arquiteta Guiomar Leitão, grande especialista em acessibilidade nas edificações, desenvolveu, a pedido da revista Direcional Condomínios, um roteiro básico a ser adotado pelos síndicos nas obras de adaptação. Segundo ela, as edificações devem ser utilizadas “por toda a vida dos indivíduos, da infância à idade avançada”, o que remete “ao conceito básico de sustentabilidade”.

E os condomínios que decidirem realizar as adaptações necessárias, precisam eliminar todas as barreiras arquitetônicas que impedem o usufruto de suas estruturas não apenas pelos portadores de deficiências, quanto pelos acidentados temporários, idosos, gestantes e crianças. Assim, na hora de promover as modificações, deve ser empregado o conceito de Desenho Universal, qual seja, aquele que possibilita o usoequitativo; flexível; simples e intuitivo; informação de fácil percepção; tolerante ao erro (seguro); baixo esforço físico; dimensão e espaço para acesso e uso.

Desta forma,os projetos devem assegurar no mínimo:

  • Acessos sem degraus ou escadas. Os desníveis devem ser superados por meio de rampas ou plataformas. Desníveis entre 0,5 cm e 1,5 cm com acabamento chanfrado;
  • Capachos e tapetes com bordas fixas;
  • Portões e portas com folhas de largura suficiente para permitir a passagem de cadeira de rodas;
  • Um sanitário adaptado à acessibilidade, quando proporcionar sanitários aos condôminos nos espaços de uso comum;
  • Condições de acesso e uso de áreas de lazer, convivência, quadras esportivas, piscinas, e estacionamentos interligados às demais áreas comuns;
  • Circulação interna e externa livre e desimpedida, com largura mínima de 1,20 m; piso com superfície regular, firma, estável e antiderrapante, sob qualquer condição;
  • Comunicação e sinalização adequada;
  • Elementos de segurança como guarda-corpos, corrimãos, entre outros;
  • Considerando os parâmetros de referência para pessoa em cadeira de rodas ou mobilidade reduzida: Largura mínima de circulação; áreas de manobra, aproximação, transferência; alcance a comandos, equipamentos e dispositivos de abertura de caixilhos; flexibilidade de uso dos espaços, possibilitando adaptações de ambientes para diversidade de uso;
  • Prever mobiliário garantindo autonomia e segurança.

Exemplos:

GUARITAS E PORTARIAS:

  • Área livre mínima para aproximação e manobra;
  • Altura adequada para interfones, campainhas, comandos de acionamento de portões;
  • Mobiliário adequado;

ESTACIONAMENTO :

  • Vagas para pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida: localizadas próximas ao acesso principal do edifício, com dimensões adequadas; sinalizadas com pintura no piso e com placa vertical; número de vagas reservadas de acordo com as exigências; 
  • Eliminar desnível na faixa de circulação entre as vagas e o hall de elevadores e demais espaços de circulação;

ENTRADAS E SAÍDAS

  • Sinalizadas com SIA – Símbolo Internacional de Acesso para indicar, localizar e direcionar adequadamente a pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida para a rota acessível;
  • Os pisos com superfície regular, firme, contínua, estável e antiderrapante sob quaisquer condições climáticas;
  • Percurso livre de obstáculos, com largura mínima de 1,20 m; 
  • Todas as entradas e saídas em nível ou providas de rampas, ou equipamentos eletromecânicos (plataformas);
  • Acabamento chanfrado para desníveis entre 0,5 cm e 1,5 cm;  

PORTAS E ABERTURAS

  • Todas as portas e vãos de passagem com largura livre mínima de 0,80 m e altura livre mínima de 2,10 m;
  • Todas as maçanetas do tipo alavanca e ao alcance;

RAMPAS

  • As rampas existentes adequadas à legislação com inclinação, largura, corrimãos, guarda-corpo, guia de balizamento, piso antideslizante e piso tátil de alerta; 

ESCADA E DEGRAUS ISOLADOS

  • Providos de corrimão ;
  • Sinalização visual em cor contrastante na borda do piso;
  • A escada com largura mínima e patamar adequado;
  • Piso tátil de alerta;

ELEVADOR DE PASSAGEIROS

Todos devem estar adequados para atender pessoas com deficiência, ou seja, providos de: espelho fixado na parede oposta à porta; sinalização em Braille ao lado esquerdo do botão correspondente; as botoeiras localizadas entre a altura mínima de 0,89 m e máxima de 1,35 m do piso; registro visível e audível dado a cada operação individual do botão; sinal sonoro diferenciado para subida e descida; comunicação sonora interna indicando o andar em que o elevador se encontra parado; identificação do pavimento afixada em ambos os lados do batente do elevador; dispositivo de comunicação para solicitação de auxílio; 

LOCAIS DE CONVIVÊNCIA , SALÃO DE FESTAS

  • Banco, poltrona, sofá para pessoas obesas que suportam uma carga de no mínimo 250 kg;
  • Espaços para pessoas em cadeira de rodas e para pessoa com mobilidade reduzida;
  • Mobiliário adequado;
  • Tapetes fixos no piso;

ESPAÇOS GOURMET – COPA / COZINHA;

  • Área livre mínima para aproximação, manobra e alcance para mobiliário, equipamentos e comandos;
  • Cuba com altura de no máximo 0,85 m do piso acabado e altura livre inferior de no mínimo 0,73 m em bancada reforçada;

LOCAIS DE ESPORTE E LAZER

  • Percurso acessível interligando quadras, playground, vestiários, sanitários;
  • Portas e vãos de passagem com vão livre de no mínimo 1,00 m; 
  • A piscina com banco para transferência associado a degraus ou rampa submersa, com dimensões adequadas para acesso à água;
  • O piso no entorno das piscinas com superfície antiderrapante;
  • As bordas e degraus de acesso à água com acabamento arredondado.

Autor

  • Diego

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