Confira as alternativas para um melhor desempenho e economia.
O síndico Ricardo Homem Del Rey Souza assumiu há pouco mais de dois anos a gestão do Condomínio Edifício Barão de Ladário, localizado no bairro do Campo Belo, zona Sul da cidade. Desde então já trocou as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes nas áreas comuns, registrando uma queda de pelo menos 20% na conta de energia. Agora, em processo de reforma do prédio de dezessete andares e trinta anos de vida, busca uma solução para os halls internos dos apartamentos, dotados de lâmpadas incandescentes e sensores de presença. Segundo Ricardo, os fornecedores dizem que essas seriam as mais indicadas no liga-desliga motivado pelos sensores. Haveria alguma alternativa mais econômica?,questiona o síndico.
Sim e não. Na verdade, a versão incandescente, que sofreu um processo de depreciação entre os consumidores durante o apagão elétrico verificado no País em 2001, ainda é a melhor solução para ambientes de breve permanência ou passagem, que dispensam a iluminação constante. “Em ciclos curtos de uso, a incandescente é mais econômica que a fluorescente compacta. Esta demanda alguns minutos até que atinja seu desempenho ideal”, comenta o arquiteto Guinter Parschalk, especialista em luminotécnica, com projetos desenvolvidos no Brasil e Exterior.
A mesma orientação é dada pelo engenheiro eletricista Marco Poli, diretorda Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação). “Se a decisão é ligar-desligar-ligar, devem-se escolher produtos que tenham boa característica de reacendimento, como as incandescentes.” O mercado disponibiliza alternativas, afirma Marco Poli, como as lâmpadas halógenas, as LE Ds e até mesmo uma versão compacta fluorescente com tempo de vida de 20 mil horas. Tudo depende da relação custo benefício, observa.
As soluções devem estar vinculadas “ao valor social, funcional (desempenho esperado) e tempo de permanência no ambiente”, defende o arquiteto Guinter Parschalk. Tanto ele quanto Poli destacam ainda os quesitos economia e segurança como indispensáveis à escolha do produto. Dentro destes critérios, na iluminação prolongada, por exemplo, a preferência recai sobre as versões que apresentam maior eficiência em converter energia elétrica em luz, como lâmpadas de descarga em alta pressão (vapor de sódio, metálicas), fluorescentes (tubulares, circulares e compactas), alógenas e LE DS (diodo emissor de luz), enumera o diretor da Abilux. De forma geral, avalia, “as análises devem ser feitas caso a caso, pois alguns aspectos precisam ser levados em consideração, como o tempo em que o produto ficará ligado ao longo de 24 horas, a freqüência do liga-desliga, o custo inicial dos produtos e da energia elétrica ao longo de um período, além do acesso e custo para a substituição de lâmpadas”. Este aliás é um aspecto relevante quando se escolhe a versão mais apropriada para a iluminação de ambientes com pé direito muito elevado. Mesmo custando até dez vezes mais que outras lâmpadas, a LED torna-se uma boa opção neste tipo de ambiente, já que tem uma vida útil de 40 mil horas, observa o diretor da Abilux.
Também a escolha dos chamados controladores do tempo deve obedecer a esses requisitos, acrescenta Marco Poli. É o caso da minuteria e sensores de presença, ideais para ambientes com baixo fluxo de pessoas. Segundo ele, as primeiras têm acionamento manual e são próprias para os halls. Já o programador de horário, útil para áreas internas e externas, ajuda a controlar o número de luminárias que devem permanecer acesas. Finalmente há o relé fotoelétrico, que aciona os dispositivos (lâmpadas e sensores) quando a luz natural torna-se insuficiente.
Matéria publicada na edição 143 fev/10 da Revista Direcional Condomínios
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