A revista Direcional Condomínios visitou nesta quinta-feira (19/04/2018) a fábrica da Elevadores Otis em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo. A equipe da Direcional foi recebida pelo presidente da empresa para a América do Sul, Julio Bellinassi, e o gerente sênior do centro de modernizações da empresa, Edilson Rosin. A empresa já disponibiliza no mercado modelos de comandos que podem ser acessados remotamente pelo seu centro de operações para correção à distância de alguns tipos de problemas.
De acordo com o presidente Julio Bellinassi, o segmento de elevadores está entrando na era da Internet das Coisas (IoT), pois através da web será possível em breve reunir todo o histórico de operação de cada máquina instalada nas edificações. Por exemplo, o sistema identificará e registrará informações sobre a abertura de portas e poderá alertar o centro de controle sobre a ocorrência de anomalias que venham a gerar problemas futuros. Isso facilitará a “manutenção preditiva”, observa o executivo. A Otis estabeleceu parceria com empresas de tecnologia da informação, como a Microsoft, e está desenvolvendo o sistema. Atualmente, a empresa já pode operar remotamente por meio de uma linha telefônica, dependendo do tipo de comando instalado no elevador.
Julio Bellinassi destacou que este serviço está disponível no pacote de modernização dos elevadores oferecido pela Otis. A empresa atua com dois principais tipos de modernização: 1. Troca do comando/controle; mudança da sinalização; repaginação das cabinas; e, 2. Modernização completa com substituição também da máquina, guias etc. Neste caso, a fabricante disponibiliza o modelo Gen2, conhecido como elevador “sem casa de máquina”. “100% dos elevadores são produzidos hoje com esta tecnologia, para edificações com até 30 paradas”, afirma Julio Bellinassi.
A versão Gen2 é acompanhada por duas novidades no segmento: a) Um drive regenerativo capaz de produzir energia durante o movimento de subida e descida da cabina, abastecendo a rede elétrica do prédio. Nas máquinas convencionais, “essa energia é jogada na natureza em forma de calor”, explica; e, b) A substituição dos antigos cabos por cintas de aço revestidas de poliuretano, movimentadas por motores de ímã permanente sem engrenagem, o que dispensa a necessidade de lubrificação adicional.
Substituição de portas manuais sem obra civil
Outra novidade que a Otis apresenta aos seus pacotes de modernização é a porta Inova, especialmente desenvolvida para substituir os modelos de abertura de eixo vertical (manual) pela abertura automática em todos os andares dos edifícios. Segundo o engenheiro Edilson Rosin, gerente sênior do centro de modernizações da empresa, a expertise foi trazida do Exterior, mas adaptada ao Brasil, e consiste em realizar as instalações aproveitando-se espaços no fosso, por isso, não existe a necessidade de obra civil. Tampouco se perde espaço de abertura da cabina.
Para os condomínios, especialmente os residenciais, que costumam contratar algumas obras em etapas, a tecnologia possibilita que as trocas sejam feitas gradativamente, sem ter que parar o elevador por longo período. Cada porta pode ser substituída no intervalo de um dia, no horário comercial, liberando o elevador para operação durante a noite, observa.
A Otis, uma subsidiária da United Technologies Corp. (NYSE: UTX), atua há 110 anos no Brasil. É a maior empresa de elevadores do mundo, responsável pela operação de 2 milhões de máquinas. Desde 2013, a empresa dispõe de uma nova sede e parque industrial, localizada em São Bernardo do Campo, com instalações sustentáveis, que exigiram um investimento de US$ 30 milhões. Neste local, funciona uma espécie de call center, 24 horas por dia, atendendo à operação das máquinas de todo País, que possui 30 filiais da empresa e 2.200 funcionários.