Modernização das edificações inclui elevadores

As paradas sucessivas dos elevadores de um edifício residencial localizado nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, motivaram a contratação, em abril deste ano, de um laudo técnico por um engenheiro especializado na área, para que o síndico e condôminos encontrassem respostas que justificassem os transtornos frequentes. A manutenção, obrigatória por lei e mensal, era realizada, o que não evitou que ambos os elevadores de um mesmo bloco parassem simultaneamente em uma ocasião, afirma o síndico profissional Luiz Leitão da Cunha. Ele assumiu a gestão do condomínio em princípios de 2021 já com o desafio de resolver o problema.

Síndico

O síndico Luiz Leitão da Cunha acaba de assinar contrato de modernização técnica de quatro elevadores de um prédio de 50 anos

Segundo o engenheiro Sérgio Rodrigues, que assinou o laudo, ainda que existissem pendências comuns à manutenção dos elevadores, os quatro equipamentos do prédio não ofereciam riscos à segurança dos usuários, tampouco dos técnicos. No laudo, o especialista anotou que “portas de pavimento e de cabina são responsáveis por mais de 60% dos defeitos nos elevadores e exigem avaliações constantes com relação à atuação do mecanismo do trinco, limpeza dos contatos e elementos de amortecimento e fechamento autônomo”.

No entanto, o principal problema identificado no condomínio era outro: obsolescência. O prédio, com uma torre e dois blocos, tem 50 anos de construção e apresenta elevadores com comando em relê, que não possuem “o mesmo nível de conforto e nivelamento dos equipamentos atuais”. De acordo com o laudo do engenheiro, elevadores a relê operam de forma estável, em média, por 30 anos. Há um momento em que, além da manutenção preventiva, corretiva e da atualização de seus componentes às normas técnicas e de segurança, o condomínio precisa modernizar principalmente o comando, “inevitável [neste condomínio] em curto prazo”. Por isso, em assembleia realizada na sequência da entrega do laudo, em maio passado, os proprietários decidiram contratar a modernização técnica dos quatro elevadores do prédio, processo que deverá se estender por um ano, prevê o síndico Luiz Leitão.

Escopo da modernização

Os condôminos optaram pela instalação de quadros de comando computadorizados com inversor de frequência, “sem fidelização de marca”; pela troca das botoeiras dos andares; das botoeiras das cabinas; retífica dos motores; pintura da casa de máquinas; e pela troca de todos os trincos de pavimentos, entre outros. O comando eletrônico possibilita melhor desempenho, segurança, economia de energia e o uso de sistemas programáveis, como o “duplex”, que evita que dois elevadores se desloquem simultaneamente para um mesmo andar. Já o “inversor de frequência elimina trancos na partida e na passagem de alta para baixa velocidade, reduz a carga térmica no motor e casa de máquinas e diminui o consumo de energia elétrica”, conforme descreve o escopo descritivo do prestador de serviços contratado pelo condomínio.

Segundo Luiz Leitão, as cabinas já tiveram seu acabamento interno renovado em gestões anteriores. Uma das propostas recebidas pelo condomínio incluía nova atualização das cabinas e substituição das portas de abertura lateral dos pavimentos por portas automáticas, com obra civil, mas, neste caso, os custos mais que dobrariam. “Fechamos um orçamento de R$ 300 mil, a serem cobertos por um rateio extra de 24 meses, que já começou”, diz. Os serviços começarão em breve e o contrato assinado pelo condomínio estipula um prazo de 30 dias úteis, além de 20 outros dias de testes, para a entrega de cada elevador.

“Diminuíram as chamadas de manutenção”

A modernização dos elevadores é item prioritário também em prédios mais novos, não apenas naqueles construídos até os anos 70. No Condomínio Giardino Di Verona, localizado no Campo Belo, zona Sul de São Paulo, a modernização foi concluída em 2020, nos 25 anos do prédio. São dois equipamentos, que atendem aos moradores de 28 unidades (duas por andar). O morador Fauzi Timaco Jorge assumiu a sindicatura do condomínio em 2019 e já neste ano se deparou com a necessidade de contratar os serviços. “Havia muita parada dos elevadores, além de trancos na chegada e na partida. Depois da modernização, diminuíram as chamadas de manutenção”, observa Fauzi. Segundo ele, foram substituídos os comandos, instalados inversores de frequência, além de novas botoeiras nas cabinas, que passaram ainda por uma repaginação em seu acabamento.

Edifício Iraúna

Elevadores, próxima etapa da modernização de um condomínio – O síndico Rodrigo Martins acaba de concluir obras de manutenção da fachada do Edifício Iraúna, em Santa Cecília, região central de São Paulo, e se prepara agora para planejar a modernização dos seis elevadores. Construído em 1968, o Iraúna tem recebido desde 2015 inúmeras intervenções de recuperação e modernização das suas instalações, entre elas a própria fachada e o retrofit elétrico. Quanto aos elevadores, eles recebem manutenção periódica e tiveram um upgrade na segurança, assim como uma troca dos comandos no final dos anos 90. Mas desde 2017 a sua modernização completa tem sido demandada pelos condôminos e defendida pelo síndico. Rodrigo Martins argumenta que a atualização tecnológica dos elevadores ajudará a reduzir os custos do condomínio com consumo de energia e manutenção, entre outros benefícios (na foto, imagem da cabina do elevador de serviços no acabamento original).


Matéria publicada na edição – 270 – agosto/2021 da Revista Direcional Condomínios

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Autor

  • Diego

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