No condomínio, “se pegar pessoal despreparado, a casa cai”

Com mais de 20 anos de trabalho no segmento, José Elias de Godoy, Tenente-Coronel da Reserva da PM de São Paulo, afirma que pelo menos dois condomínios têm sido invadidos a cada semana em São Paulo (Capital) por jovens e adolescentes.

Auditor Ivo Cairrão

O especialista em segurança de condomínios, José Elias de Godoy

“Os arrastões estão em baixa, deram lugar aos assaltos pontuais. A molecada consegue ainda ludibriar o porteiro, chega bem vestida, fala que é amiga de amigos, pois é fácil hoje saber, pela internet, quem mora no condomínio. E se pegar um pessoal despreparado, a casa cai”, avalia o especialista, autor de livros na área.

A seguir, um balanço do consultor sobre a atual condição de segurança dos prédios, em entrevista à revista Direcional Condomínios.

Baixa prevenção

“As pessoas vão para o condomínio em busca de segurança, mas ainda prevalece a cultura de se dar uma resposta [melhorando o sistema no prédio] depois do acontecimento e não de maneira preventiva.”

Portaria, tecnologia & mudanças

“Há essa tendência de que seja uma espécie de central de operações. Mas é obrigatório o treinamento para que o colaborador saiba o que fazer ao soar um alarme, que medida de contingenciamento deverá ser tomada.

Com a tecnologia, hoje se consegue monitorar e tomar providências por celular, fazer algum tipo de socorro. Há aplicativos novos que facilitam o controle de acesso, o morador tem o app no celular para a liberação das visitas, independentemente de haver ou não porteiro no condomínio. A pessoa chega com um QR Code no celular e tem o acesso liberado ao passá-lo no leitor do prédio. Isso ajuda bastante, a tendência é a do dispositivo crescer e somar com a atividade do porteiro. Chaveirinho começa a ser coisa do passado. São atalhos bastante interessantes que vão favorecer a vida de todo mundo.”

Portaria virtual

“O ideal é que seja implantada em condomínios com 40 a 50 unidades, no máximo 60. Acima disso, o desafio não está na segurança, mas na parte operacional, pode haver gargalo no atendimento em horários de maior fluxo.”

Matéria publicada na edição – 249 – setembro/2019 da Revista Direcional Condomínios

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