Em franca expansão, o mercado de condomínios não para de apresentar novidades e invenções que prometem facilitar a vida dos moradores e otimizar a gestão do convívio dentro do espaço coletivo. A chegada com força da inteligência artificial já começa a forjar uma revolução também neste setor. Prova disso é que um dos principais eventos responsáveis por lançar as grandes tendências da área, o “Café com Síndico”, apresentou no dia 25 de janeiro uma das maiores inovações dos últimos anos neste segmento: a primeira “Porteira Robô” do mundo.
Batizada de “Hellô”, a assistente virtual foi desenvolvida pela startup campineira Homebook, empresa graduada pela Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp e fundada pelo ex-aluno de Ciências Sociais da Universidade e pesquisador, Alcino Vilela. A solução pioneira é comercializada pelo Grupo Águia Segurança, empresa provedora de soluções de sistemas eletrônicos de segurança, monitoramento de alarmes e videomonitoramento.
Mas, afinal, o que faz essa Porteira Robô?
Para tentar entender como a invenção funciona, é preciso deixar claro que ela está longe de atuar somente na segurança convencional. Equipada com inteligência artificial de ponta, com seus algoritmos capazes de elevar a eficácia de funcionamento a patamares nunca antes vistos, a tecnologia promete ser um divisor de águas no mercado e na rotina dos condomínios.
Ninguém melhor para detalhar suas diversas funcionalidades do que o próprio criador e “pai” da Hellô: “Em menos de 2 minutos a porteira robô atende o visitante, registra o seu nome, CPF e foto, chama o condômino por videochamada ou grava recado se estiver ausente, abre o portão por biometria facial, avisa se a porta ficar aberta, notifica o disparo dos alarmes de invasão, de cerca elétrica, de incêndio ou de elevador travado. Também faz a reserva de espaços coletivos, registra ocorrências, avisa sobre o recebimento de encomendas, envia comunicados, monitora as câmeras de segurança 24 horas e, se for necessário, notifica situações de pânico durante o reconhecimento facial ao ingressar no condomínio, sendo a única no mundo com essa funcionalidade”, enumera Vilela.
Este último é um ponto que merece ser destacado. A empresa desenvolveu uma tecnologia exclusiva com o objetivo de identificar e notificar situações de pânico a partir do reconhecimento facial das expressões do morador que esteja sofrendo algum tipo de situação de estresse como um sequestro relâmpago, por exemplo. Em casos como esse, em que o perigo é detectado através do aprimoramento da tecnologia desenvolvida pela empresa, os responsáveis pelo condomínio são imediatamente comunicados pelo sistema para que possam agir.
Além disso, a economia significativa gerada com a robotização do sistema e a plena integração com a IoT (Internet das Coisas) farão com que várias tarefas que antes dependiam dos porteiros ou até mesmo do síndico sejam automatizadas, como: portões, alarmes, sensores, iluminação, motores, exaustores, bombas d’água, sensor de nível de caixa d’água, iluminação etc.
“Estamos diante de uma porta para o futuro. Nossa porteira robô não só oferece segurança avançada, mas também traz a perspectiva real de uma redução significativa nas taxas condominiais. Estamos moldando um amanhã mais seguro e acessível a todos”, assinala o consultor de segurança privada Paulo Ferracini, que é especialista em segurança de condomínios residenciais e instrutor de segurança credenciado pela Polícia Federal.
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