Diferentes aspectos são propícios ao conforto ambiental e humano e, em consequência, à saúde mental, afirma a arquiteta Eleonora Zioni, especializada em Arquitetura para Saúde e Sustentabilidade, com mestrado pela Universidade de São Paulo e coordenadora dos cursos de pós-graduação de Arquitetura Hospitalar do Hospital Albert Einstein.
No caso do conforto ambiental e humano, entram características térmicas, acústicas, lumínicas, a paisagem, o cenário visual dos ambientes, além da ergonomia e dos odores, enumera a especialista. “Por exemplo, conseguir visualizar o céu e o verde é algo importante para as pessoas por lembrá-las que todos somos parte da natureza. É um aspecto da biofilia, somos amigos e parte da natureza, quanto mais próximos, melhor nos sentiremos. Precisamos disso. Há um movimento internacional em prol de edificações saudáveis, que surge como uma resposta aos edifícios doentes dos anos 80, nos quais as janelas não abriam e havia poucos espaços verdes.”
No caso da saúde mental, Eleonora Zioni observa que ela está diretamente ligada aos estímulos físicos, como o conforto ambiental (destacado acima), e os sociais, que os moradores recebem e que são responsáveis pela sensação de sinergia com o lugar. “A percepção pessoal de bem-estar é que ajudará a promover a saúde dos indivíduos, incluindo a saúde mental. Os ambientes moldam o nosso comportamento e podem ajudar na criatividade, na empatia. Cabe aos condomínios estimularem a saúde, pois ao criarem boas memórias, marcam as pessoas pela emoção.” Ponto para as áreas dotadas de paisagismo!
TENDÊNCIA – Hortas, árvores frutíferas, ervas medicinais, aromatizantes e até “hospital” de recuperação das plantas dos condôminos ajudam a compor a paisagem verde atual nas edificações, como no Línea Perdizes, administrado pela síndica orgânica Sandra Bernardino de Seixas (na foto à esq., o canteiro de lavanda do prédio). Também no Condomínio Quatro Estações Alto da Lapa foi reservada uma área destinada para o tratamento dos vasos dos moradores, iniciativa da síndica Marília de Oliveira
Matéria publicada na edição – 271 – set/2021 da Revista Direcional Condomínios
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