Piscina: Água limpa e quentinha

Piscina exige cuidados constantes. Quanto às opções de aquecimento, os coletores solares são obrigatórios para prédios novos em São Paulo.

Ao implantar aquecimento na piscina, o condomínio está investindo na qualidade de vida dos condôminos. Eles passarão a usufruir desse espaço durante todo o ano, ampliando as possibilidades de lazer e de convivência com a família e com os outros moradores.

A temperatura ideal para a água da piscina varia entre 26°C e 30°C. Os três sistemas de aquecimento de água mais utilizados são a gás, solar e bomba de calor. Esta última funciona como um ar-condicionado invertido, ou seja, retira o calor do ambiente e o transfere para a água.

O sistema de aquecimento solar é obrigatório nos condomínios novos e pré-existentes da cidade de São Paulo, segundo o decreto municipal 49.149. Aqueles que já possuem outro tipo de equipamento não são obrigados a substituí-lo. “Já as piscinas que irão receber um sistema para aquecer a água deverão passar pela análise de viabilidade do aquecimento solar”, explica o consultor jurídico Cristiano De Souza Oliveira. Se for considerado tecnicamente viável, sua instalação será obrigatória.

O aquecimento solar é composto por placas coletoras (em metragem quadrada equivalente à área da superfície da piscina), sempre voltadas para a face norte, boiler e aquecedor elétrico complementar, acionado automaticamente na falta de sol. Em todos os casos, para dimensionar corretamente o equipamento e manter a temperatura sempre confortável, são feitos cálculos que levam em conta variáveis como metragem quadrada e profundidade da piscina, existência de cobertura e o clima da região.

Para manter a água cristalina e livre de microorganismos que podem causar doenças como otite, conjuntivite, hepatite, herpes, micoses e dengue é preciso fazer o tratamento químico adequado, ou seja, manter os níveis ideais de alcalinidade total (60 a 120 PPM), pH (7,2 a 7,6) e cloro livre (1 a 3 PPM). A medição é feita com kits ou fitas testes e as correções são realizadas com produtos específicos, nas dosagens recomendadas nas embalagens. 

Também é possível automatizar o tratamento da água da piscina com equipamento que controla automaticamente os níveis de pH e de cloro, fazendo as correções necessárias. É bom lembrar que o tratamento adequado aumenta a eficiência dos produtos auxiliares, como clarificantes e algicidas, e que todos os procedimentos devem ser supervisionados por um técnico em química.

Completam-se os cuidados da piscina limpando as bordas uma vez por semana, retirando a sujeira do fundo com aspirador e recolhendo as folhas com peneira. A areia do filtro deve ser trocada a cada dois anos, em média. “Não existe uma receita para tratar a água, o segredo do bom tratamento é analisar semanalmente ou até diariamente os parâmetros, corrigi-los, se necessário, e adicionar os produtos auxiliares”, recomenda Luiz Carlos Tomazini, técnico químico especializado em piscinas.

Uma opção ao tradicional tratamento com cloro é o ozônio, que apenas elimina os microorganismos, enquanto o cloro previne. Por isso, mesmo que a água seja tratada com ozônio, é obrigatório que ela tenha um residual de cloro. A principal vantagem do cloro é manter a água constantemente protegida de novas contaminações, desde que seja mantido o residual mínimo de 1 PPM. Porém, o produto é mais agressivo à pele, olhos e cabelos dos banhistas. Já o ozônio age 3.120 vezes mais rápido que o cloro e não é agressivo à pele.


Matéria publicada na edição 126 jul/08 da Revista Direcional Condomínios

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