Piscina, área vulnerável

Com o sol implacável do verão e temperaturas com índices superiores a 30ºC, condomínios que dispõem de piscinas contribuem ao conforto dos moradores, entretanto, para os síndicos, esse é um item que sempre causa preocupação. Especialmente quando obras são contratadas, executadas, porém, sem a eficiência desejada.

O Engenheiro civil Marcus Vinícius Fernandes Grossi afirma que “as piscinas são dos itens que mais dão problemas em condomínios, novos ou velhos”. “Na verdade, tudo que está suscetível ao efeito da água normalmente causa problemas.” A seguir, ele orienta sobre alguns pontos que devem ser considerados antes de um síndico contratar uma obra relacionada à impermeabilização da piscina e das áreas contíguas. O material completo se encontra disponível no site da Direcional Condomínios, conforme indicação ao final desta reportagem.

– QUANDO TROCAR A MANTA DO TANQUE E SUPERFÍCIE EXTERNA?

“Essa é uma análise mais financeira do que técnica. Se for apenas trocar rejunte [do tanque], não compensaria substituir a manta [externa] mesmo se esta já tivesse passado da vida útil de 20 anos. O custo de se quebrar o revestimento, trocar a manta e refazer tudo é muito superior à troca do rejunte. Vale lembrar que a tabela de vida útil da ABNT NBR 15575-1 (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é nova, os materiais antigos apresentam um ciclo menor. Algumas de suas características devem ser avaliadas de forma visual e por ensaio, se necessário. Muitas vezes, o condomínio, quando precisa trocar a manta de todo o piso no entorno da piscina, não deve apenas ficar no rejunte do tanque. Esta não seria uma economia inteligente, pois a emenda de materiais novos com velhos não é boa. Por exemplo, se fizer isso, o sistema ganhará uma sobrevida do tanque de cinco anos e, do piso, de 20 anos. Ou seja, futuramente o condomínio terá que trocar a manta do tanque e quebrar novamente as bordas da piscina [ainda íntegras]. Destaca-se também que o fato de quebrar o revestimento [do tanque] pode danificar a manta instalada em área externa. A impermeabilização é ingrata, ou é 100% estanque ou 0%, não existe meio termo.”

– UM TANQUE VAZIO PODE PROVOCAR RESSECAMENTO, DILATAÇÕES E , ASSIM, COMPROMETER A ESTRUTURA IMPERMEABILIZANTE?

“As mantas são sensíveis aos raios ultravioletas do sol, que quebram suas cadeias poliméricas. Com isso elas se tornam progressivamente menos plásticas, menos resistentes a danos mecânicos e chegam, em alguns casos, a fissurarem. Mas não há como precisar o tempo em que isso poderá ocorrer. E estruturas antigas resistem menos ao sol do que as novas.”

Fundamental ao síndico, de acordo com o engenheiro, é contratar um laudo sobre as causas de eventuais infiltrações, “antes da tomada de decisão de reparo”.

Matéria publicada na edição – 221 de mar/2017 da Revista Direcional Condomínios

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Autor

  • Diego

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