Para o parquinho ser um sucesso, precisa estar instalado de acordo com normas técnicas, em área livre de plantas tóxicas, com brinquedos de qualidade atestada e adequados à idade dos usuários.
Brinquedos se harmonizam com paisagismo no condomínioclube Domínio Marajoara
Quem planeja reformar ou instalar playground tem de assimilar que lazer e segurança são indissociáveis quando se trata de entreter pequenos condôminos. Diretrizes de órgãos como ABNT (NBRs 16071; 5410; 5419), INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia) e ABRINQ (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) estabelecem o que tem de ser respeitado para um brincar seguro, como por exemplo infraestrutura do espaço, manutenção e qualidade dos brinquedos.
O arquiteto Adriano Gronard, que assina a reforma e o paisagismo de um dos playgrounds do condomínio-clube Domínio Marajoara, zona sul, adverte para o risco de plantas tóxicas ou espinhosas na área infantil, e de queda de grandes galhos, especialmente de árvores do tipo sibipiruna, tipuana, ficus e flamboyant. Frutíferas como coqueiro, jaqueira e abricó-de-macaco também representam perigo com seus frutos grandes e pesados. São bem-vindas as frutíferas que dão frutos pequenos, caso da pitangueira, jabuticabeira, grumixameira e araçazeiro. “Os passarinhos comem os frutos e as crianças gostam de vê-los”, destaca Adriano.
Para revestir a área do parquinho, ele prefere grama sintética, com uma manta por debaixo, que ameniza o impacto dos tombos. Nos elementos que compõem o espaço, recomenda um bebedouro com duas alturas: uma para a criança, outra para os pais. Sobre brinquedos, comenta que formatos de animais sempre agradam. “Em geral, meninas preferem mamíferos; meninos, répteis”. Quanto às atrações, aponta que a tirolesa é a predileta das crianças, que gostam de testar o próprio limite. “Mas recomendo que a utilizem sob supervisão de adulto”, diz o arquiteto.
Outra indicação de Adriano é que os brinquedos estejam alinhados à linguagem visual do paisagismo e arquitetura da edificação. Foi exatamente esse o raciocínio da síndica Neusa da Silva Combertino Ieff a ao reformar o playground do Conjunto Residencial Jardim da Cantareira, zona norte. “O condomínio foi construído nos anos 1980, em estilo colonial. Brinquedos de madeira harmonizam com o conjunto. Reaproveitamos o gira-gira e trepa-trepa, de ferro, mas creio que ficaram bem integrados ao novo parquinho”, fala a gestora.
Neusa Ieffa: casinha é xodó: acima, brinquedo com escorregador, ponte e tirolesa
Outra indicação de Adriano é que os brinquedos estejam alinhados à linguagem visual do paisagismo e arquitetura da edificação. Foi exatamente esse o raciocínio da síndica Neusa da Silva Combertino Ieff a ao reformar o playground do Conjunto Residencial Jardim da Cantareira, zona norte. “O condomínio foi construído nos anos 1980, em estilo colonial. Brinquedos de madeira harmonizam com o conjunto. Reaproveitamos o gira-gira e trepa-trepa, de ferro, mas creio que ficaram bem integrados ao novo parquinho”, fala a gestora.
Entre as atrações, Neusa defendeu a inclusão de uma tirolesa. “O conselho não queria de jeito nenhum, mas eu fui insistente e eu estava certa. A tirolesa faz muito sucesso. Temos também uma parede de escalar para os pequenos aventureiros”. O xodó da síndica é a casinha de madeira. “Eu não queria uma casinha de boneca, toda rosinha, queria um lugar tanto para meninas quanto para meninos aproveitarem”.
A reforma foi necessária devido ao mau estado do lugar. “Era reformar ou interditar porque havia riscos, como pregos soltos e fiação elétrica por cima da grama”. Já no Condomínio Residencial Monte Verde, em Guarulhos, a renovação do parquinho se deu para adequá-lo ao perfil dos usuários. “O parquinho original, de madeira, foi entregue pela construtora há 10 anos, sem normatização específica para uso, o que preocupava as mães”, relata a síndica profissional e moradora Lizandra Sanchez Annunciato.
Ela constata que as atrações atendiam bem aos maiores, porém esse público frequentava outras áreas de lazer, ao passo que crianças menores se interessaram pelo parquinho. “Só que os brinquedos tinham alturas e aberturas inadequadas ao tamanho delas. Para prevenir acidentes, decidimos fazer a troca. As mães ficaram felizes, pois o parque é do tipo que elas pediram, e os pequenos, nem se fala!”, avalia a síndica.
Lizandra Sanchez Annunciato: adequação entre público e atrações
Matéria publicada na edição 294 out/2023 da Revista Direcional Condomínios
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