Na capital paulista, árvores caem basicamente por falta de ancoragem, comprometimento do tecido lenhoso ou desequilíbrio da copa, brevemente explicados a seguir.
Falta de ancoragem – Raízes enfraquecidas por falta de água ou nutrientes, sem espaço para desenvolvimento, ou comprometidas por cupim ou broca, não mais conseguem fixar a árvore no solo.
Comprometimento do tecido lenhoso – Se o ataque por insetos, que se alimentam de madeira, não for controlado, tronco e galhos também vão sendo consumidos, enfraquecendo toda a estrutura da árvore.
Desequilíbrio da copa – Raízes deterioradas não conseguem captar água e nutrientes para manter as demais partes da planta, assim temos a morte de folhas e galhos. E, somando-se uma poda desequilibrada (para remover galhos da fiação) temos os desastres de verão; chuvas e ventos fortes dão apenas o empurrão final.
A obrigação de cuidar de árvores plantadas nos recuos e dentro das propriedades é do proprietário do imóvel ou, no caso de imóveis multifamiliares, do síndico. Na calçada, da prefeitura.
Para podar ou arrancar uma árvore na calçada, temos de pedir à prefeitura. Dentro da área privativa podemos fazer apenas as ‘podas de limpeza’, removendo até 20% da massa verde. Para qualquer outra intervenção temos de solicitar licença especial e, se for preciso excluir um espécime, outra árvore deve ocupar o lugar.
Pedidos feitos à prefeitura são raramente atendidos. Tampouco se vê qualquer tipo de prevenção sendo feita, como um mínimo controle de pragas de solo. Calçadas mal projetadas, falta de espaço para penetração de água e ausência de podas de condução são fatores que condenam árvores centenárias à morte. Uma pena, afinal nosso patrimônio verde deve ser valorizado não só pelo aspecto paisagístico, mas também pelo controle de temperatura e melhora na qualidade do ar que respiramos.
Matéria publicada na edição 296 jan/24 da Revista Direcional Condomínios
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