Escolher um fornecedor qualificado que dê conta dos reparos emergenciais nos portões é o mínimo que se espera da administração condominial. É preciso atenção também à manutenção periódica e à estrutura da serralheria.
Providenciar consertos emergenciais, além da manutenção preventiva mensal, compõe o compromisso básico dos síndicos em relação aos portões automáticos. Os problemas mais comuns advêm de desgastes na parte mecânica, afirma o consultor Carlos Alberto dos Santos, que desenvolveu um “manual de emergência” para esses dispositivos. Por exemplo, no modelo basculante, isso ocorre normalmente devido à movimentação intensa do “braço”; e no deslizante, pelo contato de ferro com ferro, na cremalheira (por onde o portão desliza).
Já a lubrificação do sistema, orientada por especialista, pode ser feita pelo zelador e, com chuvas, o cuidado deve ser redobrado, para se evitar a corrosão, orienta o consultor. Na parte eletrônica, que envolve placas e fotocélulas, a manutenção deve ser realizada somente pelos técnicos.
Mas o portão também para de funcionar por problemas elétricos, como queda do disjuntor (exclusivo para ele). “Um zelador bem orientado verificará se o disjuntor desarmou, antes de chamar a empresa”, comenta Carlos. Conferir a bateria do controle remoto é outra ação preventiva importante, o que envolve checar isso com os próprios condôminos. No mais, uma norma da ABNT, a NBR 15.202/2006, fornece parâmetros para o funcionamento das portas e portões automáticos.
José Elias de Godoy, especialista em segurança de condomínios, afirma que os problemas mais frequentes acontecem nos portões de aço, por serem mais pesados. Na mistura de ferro com alumínio, o dano ao motor é menor, compara. Já o ferro tem o problema de ferrugem, ação menos frequente no alumínio, material que apresenta, porém, a desvantagem de ser mais frágil. No portão de pedestre, o cuidado maior deve ser com a manutenção da fechadura, afirma.
Segundo Reinaldo Portellinha, responsável pelo marketing de um fabricante de “automatizadores”, a vida útil de um portão é longa (há casos com 20 anos), mas, com as novas tecnologias agregadas, após algum tempo de uso poderá ser necessária a troca de componentes eletrônicos. O “automatizador”, detalha, deve ser adequado ao modelo, peso, ciclos de abertura e fechamento e velocidade desejada.
SERRALHERIA
Observar a estrutura representa outra tarefa importante da manutenção desses sistemas e inclui, como no caso das grades, verificar se não estão frouxas e restaurar pontos de ferrugem. O consultor José Elias alerta que nas barreiras em vidro blindex, o importante é sempre observar a caixilharia e se a estrutura se mantém firme. Esse vidro comporta lavagem normal, afirma. Os cuidados com a serralheria ainda incluem portas internas e parapeitos.
Matéria publicada na edição – 184 de out/2013 da Revista Direcional Condomínios