A modernização dos elevadores para um condomínio residencial é um processo delicado e complicado a todos os envolvidos: o síndico, o zelador, o fornecedor, as equipes de trabalho de ambos e os próprios moradores. Neste período muitos conflitos ocorrem pela falta de um planejamento e de um bom processo de comunicação em torno das fases de implantação da modernização.
Este é um grande investimento e, na maioria dos casos, acaba concretizado através de rateios extras, o que gera uma tensão a mais aos moradores e, em especial, ao síndico. Preparar os condôminos para as alterações das rotinas diárias é um ponto importante a ser observado por esse gestor. Um bom processo de comunicação pode diminuir em muito o estresse de toda a implantação. Quantos síndicos não recebem reclamações sobre o mau funcionamento dos elevadores no seu dia a dia, sem nenhuma modernização acontecendo? Comunicar que haverá a indisponibilidade de cada um dos equipamentos, os dias e horários para a realização das obras e por quanto tempo, são informações fundamentais para o planejamento de todos, principalmente para a rotina dos condôminos.
No Top Village, mantivemos afixados nos quadros de avisos, durante todo o período de obra recente de modernização de seus seis elevadores, um cronograma de datas das intervenções em cada um deles e, principalmente, a de liberação para uso.
Outro grande estresse deste processo está relacionado aos conflitos com o fornecedor. Na maioria das vezes, não são identificados claramente as responsabilidades das partes, e não me refiro aqui, às responsabilidades contidas no contrato de prestação de serviços, mas sim, àquelas relacionadas à resolução de conflitos do dia a dia. Deixamos muito os procedimentos nas mãos das empresas responsáveis pela modernização e esquecemos que a vida diária do condomínio sofrerá grandes abalos, e isto é responsabilidade do síndico!
A modernização dos elevadores, no geral, é um grande projeto do condomínio e como tal, deve ser tratada como projeto, com cronograma, matriz de responsabilidade e matriz de escalação. Estas ferramentas, além de orientar as equipes envolvidas, ajudam também nas tratativas das conturbações inerentes a uma obra. Um bom cronograma deve ser elaborado a duas mãos (síndico e fornecedor) e deve conter as etapas do processo, as datas de início e fim para cada um dos equipamentos e, principalmente, a data de testes para aceitação e de liberação ao uso. Todas estas datas são importantíssimas, inclusive para a contagem da garantia dos serviços prestados.
Clareza na relação comercial é fundamental e trabalhar em conjunto com o fornecedor só trará benefícios ao condomínio e diminuirá os conflitos.
Matéria complementar da edição – 201 de mai/2015 da Revista Direcional Condomínios
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