Além das cercas elétricas, há barreiras mais ostensivas para se garantir proteção ao perímetro, como as concertinas. “Certamente segurança é ostensividade”, diz o consultor na área, Nilton Migdal. Porém, ele indica que muros muito altos e completamente fechados podem significar riscos. “Defendo prédios mais vazados, por exemplo, com o entorno em vidro. Perde-se em privacidade, mas se o condomínio for invadido por uma quadrilha grande chamará muito mais a atenção. Em condomínios que são verdadeiras fortalezas, depois que o bandido entra não se vê mais nada e eles têm mais liberdade para agir”, pondera.
Apesar dos investimentos em equipamentos, há casos em que a presença da vigilância no perímetro do condomínio é essencial. Conforme orientação do vice-presidente do Sesvesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo), João Palhuca, “a vigilância de todo o espaço físico, compreendido neste caso por um condomínio, tanto interno quanto periférico, deve ser de responsabilidade do vigilante em posto, que deverá realizar rondas a fim de obter o controle do ambiente”. De acordo com a legislação, informa Palhuca, a vigilância patrimonial é exercida nos limites do imóvel vigiado: “As rondas são divididas em internas e periféricas, não podendo, por determinação do órgão controlador, ser externa.”
Nos cursos de formação, o vigilante aprende a técnica da ronda, que é, opina Palhuca, um dos serviços mais importantes realizados pelo profissional de segurança na vigilância patrimonial: “A ronda permitirá ao vigilante o efetivo controle das instalações em geral, bem como da observância da circulação interna de pessoas, veículos e materiais.”
Além da ronda, o vice-presidente da entidade recomenda aos condomínios terem as áreas perimetrais monitoradas. “De preferência, o sistema deverá ter monitoramento 24 horas, com as imagens registradas. Desta forma, é mais fácil identificar suspeitos ou situações que possam comprometer a segurança do local”, argumenta. A utilização de equipamentos de segurança atrelados à mão de obra, qualquer que seja o local, é essencial, completa. “Ambos utilizados separadamente não são tão eficazes quanto um sistema em que os dois recursos são utilizados simultaneamente. Desta forma, tem-se um sistema muito mais completo e eficaz”,