Quais objetos largados nas áreas comuns geram riscos no condomínio?

Em recente vistoria a um condomínio em São Paulo, o consultor de riscos Carlos Alberto dos Santos testemunhou o caso de uma diarista que, ao se esquecer das chaves do apartamento onde trabalharia, pegou uma escada largada na área comum por um prestador de serviços.

Ela queria subir à unidade pelo lado externo e entrar através da varanda, iniciativa abortada pelo síndico. O consultor alerta que é comum observar escadas deixadas nas áreas comuns dos prédios, especialmente durante a execução de serviços como pintura de fachada, além de outros materiais, gerando situações de risco.

1. ESCADAS DEIXADAS “NAS OBRAS” PODEM TRAZER PERIGO?

Sim. É possível apontar desde riscos de queda em altura de crianças e até adultos que resolvam subir por essas escadas ao uso das mesmas por pessoas mal-intencionadas, que pretendam entrar nas unidades pelo lado externo da fachada.

2. OUTROS MATERIAIS MERECEM ATENÇÃO NO USO E GUARDA?

Atenção especial deverá ser dada aos produtos de limpeza deixados ao alcance de crianças, além de materiais de manutenção como tintas, cola, tóxicos em geral e, principalmente, ferramentas de jardinagem como facões, tesouras e enxadas. O jardineiro precisa ainda tomar cuidado em nunca deixar esse tipo de equipamento no jardim enquanto realiza trabalhos em longa distância, pois eles podem servir até de arma.

3. A QUEM COMPETE A GUARDA DIÁRIA DE PRODUTOS E FERRAMENTAS?

Inexiste uma norma indicando a responsabilidade de alguém por isso. Mas é certo que o zelador deve, normalmente, coordenar a preservação das áreas comuns com o apoio de sua equipe, seja de limpeza, jardinagem e/ou manutenção, orientando os funcionários a não deixar nenhum tipo de material que possa gerar quaisquer riscos. Também devem ser orientados os prestadores de serviços para que, ao final da jornada de trabalho, recolham seus materiais, mesmo que eles retornem no dia seguinte.


Matéria publicada na edição – 234 – maio/2018 da Revista Direcional Condomínios

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Autor

  • Carlos Alberto dos Santos

    Profissional com mais de 25 anos no mercado de seguros e gestão de riscos, é fundador da Condorisk do Brasil e possui a certificação AIRM - Alarys International Risk Manager (da Asociación Latinoamericana de Administradores de Riegos y Seguros). Possui expertise na solução de problemas enfrentados pelos síndicos para manter a boa ordem dentro das edificações, atuando hoje em Gestão de Riscos em Condomínios.

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