Principal reservatório que abastece a cidade de São Paulo entrou em estado de alerta, com capacidade inferior aos meses que antecederam a maior crise hídrica da história da Capital Paulista, cujo pico ocorreu em 2015.
Ilustração: Portal G1 SP
É necessário orientar moradores e prestadores de serviço para a conscientização em relação ao consumo d’água nas edificações. A Região Metropolitana de São Paulo bateu o recorde de 100 dias sem chuvas, e o restante do Brasil vai pelo mesmo caminho. O Sistema Cantareira, reservatório que abastece a maior parte das habitações na Capital Paulista, se encontrava com 40% de sua capacidade no final de julho (2018), sendo que em 2013, o ano que antecedeu a crise hídrica, ele tinha 53%. Portanto, essas condições climáticas desfavoráveis devem servir de alerta para toda a população. Os especialistas já avisam que até o final deste ano de 2018 a previsão é de pouca chuva. O tempo seco, por sua vez, traz consequências respiratórias e acaba por afetar a saúde de milhares de pessoas, principalmente nos grandes centros urbanos.
Para que as consequências sejam menores, é necessário trabalhar com a prevenção, ou seja, com a conscientização de todos, mas principalmente de moradores e prestadores de serviços em condomínios residenciais.
Estes são, inclusive, os primeiros a tomarem medidas mais drásticas para combater o problema, enquanto os condôminos fazem a sua parte dentro de casa. Já o condomínio deve orientar funcionários e colaboradores sobre as melhores medidas a serem praticadas. Os que realizam a limpeza e higienização são aqueles que mais devem economizar e reutilizar a água para outros proveitos.
Por isso, é preciso desenvolver em cada condomínio um plano emergencial de trabalho, que visa o uso mínimo e essencial da água. Isso tem que ser contínuo, mesmo que a situação se normalize, pois afinal, como já vimos, ela pode retornar a qualquer momento e ninguém quer voltar aos tempos do racionamento d’água. Ao invés de lavar a área externa e a calçada da empresa, basta varrer. Em ambientes internos, deverá ser utilizado um aspirador de pó e/ou pano úmido; ao invés de usar a mangueira, um balde que limita o uso da água, entre outras tantas medidas.
Nas residências dos condomínios, pode-se economizar água com alguns procedimentos básicos, como coletar a água que sai do chuveiro antes de aquecida em um balde e depois utilizá-la no vaso sanitário ou para lavar as sacadas. Pode-se também colocar uma garrafa de 600 ml cheia de água dentro da caixa acoplada para economizar água nas descargas. Em prédios, as caixas-d’água acopladas são os maiores vilões dos gastos excessivos.
Os condomínios também podem adotar alguma medida de captação de água da chuva ou reaproveitamento da água já utilizada. E se o condomínio já possui um reservatório que capta a água da chuva, é preciso fazer uma análise desta água, do ponto de vista bacteriológico, para verificar a possibilidade de utilização da mesma. Depois é só providenciar uma bomba para disponibilizá-la para lavar e regar as áreas comuns. Assim, evita-se o desperdício, o risco de doenças e ainda contribuímos para o meio ambiente.
Fonte: Amilton Saraiva (Especialista em condomínios da GS Terceirização) / Estilo Press Comunicação