A cultura da segurança ainda é pouco presente quando ocorrem serviços e obras em residências e condomínios, ela não se apresenta junto aos moradores nem aos síndicos, apesar das inúmeras normas estabelecidas no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, bem como da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Um dos principais problemas é a demanda pelo típico funcionário faz-tudo ou quebra galho, além da ausência dos EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e de profissionais especializados em segurança para dar suporte a obras de maior porte.
Não raro, falta também a contratação do seguro de responsabilidade civil.
É fundamental, principalmente aos síndicos, dar atenção aos aspectos de segurança – relacionados abaixo neste texto – na hora de contratar serviços de manutenção e conservação em obras de fachada. E que esses serviços tenham o respaldo de um engenheiro, profissional que ajudará nos orçamentos, projetos, na execução e fiscalização de qualquer obra, mesmo que de pequeno porte. É muito importante contar com um responsável técnico e com o respaldo da deliberação em assembleia de tudo o que diz respeito ao condomínio.
Portanto, entre os cuidados a serem tomados se encontram:
– Em obras de fachada
1 – Assegurar que haja uma previsão de fixação de equipamentos de segurança. Em prédios mais novos, esses elementos já estão presentes, mas é preciso verificar;
2 – Tomar cuidado ao fixar andaimes, fachadeiros, cadeirinha e corda de rapel. Quando há coberturas de unidades autônomas, o problema fica pior;
3 – Quando os vidros são projetantes, é necessário avisar a todos que serão executados serviços e evitar que sejam abertos;
4 – No térreo, deve haver um cuidado redobrado para proteger as passagens, evitando que algum elemento utilizado durante os serviços atinja pessoas, pois as telas não são muito seguras em alguns casos;
5 – Cuidado ao transportar e armazenar o material a ser utilizado na obra. Por exemplo, a laje tem uma capacidade limite para peso por m², é preciso evitar sobrecarga na hora de guardar os materiais.
– Uso de escadas de abrir ou encostar
1 – Sempre ter mais uma pessoa no pé das mesmas;
2 – Os degraus devem estar entre 25cm a 39cm;
3 – As únicas, ditas de encostar, com no máximo 6,00 ml de altura, sendo mais 1,00 ml só no topo (acima do último degrau)
4 – Assegurar apoio adequado na base.
– Andaimes
1. Obedecer à norma NR 18 até a NR 35, Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, bem como à Lei 6.514/1977, que atualiza os dispositivos de Segurança e Medicina do Trabalho junto À CLT, além de portarias posteriores.
Andaimes afixados para serviços de fachada
Exemplos de coberturas ocupadas nas edificações
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