Com o aumento tarifário sobre o consumo da energia elétrica, os síndicos podem recorrer a reparos, dispositivos e ajustes nas instalações elétricas do condomínio como forma de evitar desperdícios, orienta o engenheiro eletricista Edson Martinho na entrevista abaixo.
1 – Como a manutenção elétrica pode gerar economia?
Conexões frouxas, emendas mal isoladas, fios desencapados, danificados ou instalados em locais sujeitos à umidade, como é o caso de jardins, podem ser fatores de desperdício de energia por fuga de corrente. Uma revisão periódica completa nas instalações pode ajudar, assim como a instalação de DR (Dispositivo Diferencial Residual), já que este componente desliga o circuito e aponta onde há fugas excessivas de corrente. Além disso, uma instalação antiga que não foi adequada para as condições de uso atual pode ter condutores mais finos do que o necessário e, estes, por sua vez, apresentar aquecimento quando utilizados. Este aquecimento, que chamamos de “perda Joule”, se transforma em custo desperdiçado de energia elétrica. Uma boa revisão e adequação das instalações, junto com o uso racional da energia, pode garantir economias de até 10%, além, naturalmente, de ser um fator de segurança das instalações elétricas.
2 – Quando corrigir as anomalias?
Sempre que forem detectadas, estas anomalias devem ser reparadas imediatamente, pois, além da fuga de corrente, elas podem ser fatores de choques elétricos e de princípio de incêndio. O problema é quando elas não são detectadas, por isso, é necessário haver um planejamento de manutenção periódica dessas instalações. Lembramos, por exemplo, a necessidade de apresentação da ART de elétrica nos momentos de renovação do AVCB, de laudos anuais de para-raios, entre muitos outros. Por fim, os ambientes residenciais devem passar por uma revisão completa a cada cinco anos pelo menos. (Edição R.F.)
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Matéria publicada na edição – 270 – agosto/2021 da Revista Direcional Condomínios
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