Segurança – Controle de Acesso

Não Importa o tamanho do condomínio. Dos pequenos edifícios aos grandes empreendimentos, com várias torres, o controle de acesso de moradores, visitantes e prestadores de serviços é fundamental para a segurança. Segundo o consultor de segurança condominial Eduardo Lauande, independentemente do número de unidades do edifício, deve haver um cadastro de condôminos, para que, em caso de dúvidas, o porteiro possa consultar o banco de dados com o registro fotográfico dos moradores.

Da mesma forma, o registro de visitantes é essencial. “Não importa o meio que será utilizado para o controle de acesso, seja um simples caderno ou um sistema computadorizado, o procedimento de segurança precisa ser cumprido. E deve incluir o registro do nome do prestador de serviço, empresa para a qual trabalha, telefone e número do RG, que deve ser anotado e conferido para que seja identificada a autenticidade do documento”, aponta.

O registro da imagem do visitante auxiliará a polícia no caso dele praticar algum delito dentro do condomínio. Se o edifício possuir clausura, deve haver câmera nesse ambiente, que efetuará a imagem. Pelo passa-volumes, o visitante transfere o documento para a guarita, sem que o porteiro precise se expor. Em condomínios com maior população flutuante, os cuidados com o controle de acesso são imprescindíveis. Lauande cita como exemplo um empreendimento com sete blocos, de 15 andares cada e seis apartamentos por andar, população estimada em três mil moradores, e que recebe cerca de mil pessoas diariamente. “Essa intensa população flutuante requer atenção ainda maior”, diz.

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA
A tecnologia, a cada dia mais acessível, tem sido uma das maiores aliadas dos condomínios na busca por um controle de acesso eficiente. Já são realidade softwares de gerenciamento de acesso de veículos, que eliminam o controle remoto e liberam o carro após o reconhecimento da placa. Outra situação que já é fato em alguns condomínios é a integração entre a entrada e saída de pedestres e veículos e as câmeras com plataforma TCP/IP, mesmo protocolo de comunicação de dados utilizado pela internet. Integrando alarme e visualização, a própria câmera pode disparar um aviso sonoro diante de um fato que ela venha reconhecer como de potencial risco para a segurança do local.

Até a biometria, que há pouco tempo parecia coisa de cinema, hoje é real. Já habitual em condomínios comerciais, tem migrado para os residenciais. Thiago Vallilo, que atua como diretor comercial na área de tecnologia para segurança, tem percebido a tendência de prédios pequenos e médios investirem em equipamentos avançados para controle de acesso. “Há pouco mais de dez anos surgiram os primeiros leitores biométricos e a tecnologia ainda era embrionária, o que acarretava problemas. Hoje, um leitor biométrico pode ser instalado junto ao portão de pedestres ou de veículos, gerando muito mais comodidade aos condôminos”, informa.

Associado costumeiramente ao uso da impressão digital, o conceito de biometria na verdade está relacionado a uma característica física única de cada pessoa, usada para identificá-la. Pode ser a íris, a face ou a própria digital. Especialmente úteis na eclusa de veículos, os leitores biométricos permitem a identificação do motorista. Caso o motorista esteja rendido, ele pode liberar a abertura do segundo portão utilizando o dedo do pânico, já que uma das dez digitais pode ser cadastrada para ser usada somente em situações de emergência.

Entre os benefícios do uso da biometria está a eliminação de cartões com código de barras ou de proximidade (que podem ser facilmente extraviados ou roubados), a agilidade na identificação do morador, visitante ou prestador de serviço já cadastrado e o aumento da segurança pela inibição de pessoas mal intencionadas. “Ao saber que ele terá que se identificar pela digital ou outra característica pessoal, a tendência é que o assaltante desista da ação”, aponta Thiago Vallilo.

Os leitores de impressão digital disponíveis atualmente no mercado são importados. Porém, softwares e hardwares que fazem a integração com o equipamento são nacionais. “Nos sistemas de alto fluxo uma placa controladora capta a informação do leitor biométrico e envia para o software, que verifica se aquela digital tem acesso autorizado”, explica. Segundo o diretor comercial, em dez anos o custo desse tipo de sistema caiu cerca de quatro vezes, tornando-se muito mais acessível aos condomínios residenciais. “Já vencemos a barreira do alto custo. Dispomos atualmente também de softwares simples, de baixo custo. O treinamento do pessoal de portaria é outro ponto fundamental para que o síndico tenha bons resultados com o sistema”, aponta.

Por mais que a tecnologia esteja agregada ao sistema de controle de acesso do condomínio, nada elimina a participação dos moradores. O consultor de segurança Florival Ribeiro recomenda que as câmeras sejam visualizadas nas TVs dos apartamentos: “Cabe ao morador verificar pela TV, antes de autorizar a entrada de um visitante, se é mesmo a pessoa esperada.” Para o também consultor Eduardo Lauande, os condomínios costumam dissociar a segurança de uma gestão preventiva entre os moradores. “Cada condômino, porém, deve ser também responsável pela sua própria segurança”, completa


Matéria publicada na edição 152 nov/10 da Revista Direcional Condomínios

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