Dados recentes da Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo indicam que os arrastões em condomínios estão em curva descendente no Estado de São Paulo. A notícia é boa, mas nem por isso podemos “relaxar” nos imprescindíveis cuidados que asseguram a integridade física e patrimonial dos moradores.
Existem vários fatores que precisam ser considerados a fim de garantir a segurança: aplicação do síndico, orientação aos funcionários, colaboração dos moradores e usuários e instalação de equipamentos. Neste sentido, itens importantes devem ser considerados.
As instalações físicas, por exemplo, devem estar cercadas e fechadas, por meio de barreiras físicas, que servem para impedir ou dificultar o acesso de pessoas estranhas em locais delimitados ou proibidos e para controlar aqueles que são permitidos, além de proteger os seus pontos estratégicos e vulneráveis.
Dentre os mais comuns, estão muros, cercas, alambrados, cancelas, guaritas nas portarias, portões com eclusas, interfone, espelhos refletores, grades, portas internas ou intermediárias, passador de objetos, e muitos outros.
É fundamental que as dependências do condomínio sejam bem iluminadas, a fim de desestimular a ação de bandidos. O recomendável é utilizar luminárias e holofotes, e complementar o sistema com sensores de presença.
No que tange ao sistema eletrônico de segurança, existem hoje no mercado os mais variados números e tipos de dispositivos; portanto, deve-se adquirir aquele que mais se adapte às necessidades do local. Entre os mais utilizados, estão sistemas de alarmes, cercas eletrificadas, circuito fechado de televisão, controle de acesso informatizado, sistemas de segurança monitorados, entre outros.
Além de todo o aparato, é preciso estar atento à atualização e orientação dos profissionais diretamente envolvidos com a questão. Por isso, ainda na contratação, é aconselhável obter o máximo de informações possíveis sobre o candidato e solicitar atestado de antecedentes e de referência pessoal para todos os interessados.
Além disso, procure contratar funcionários que já possuam formação e treinamento para trabalhar em condomínio, que deve investir na reciclagem dos funcionários por meio de cursos especializados.
O síndico deve manter o cadastro atualizado de todos os moradores, no qual deverá constar desde a placa do veículo até o nome de parentes próximos para contato em caso de emergência. Além disso, é fundamental manter na portaria livros de registro para controle do serviço, de entrada e saída de pessoas, de veículos e materiais etc.
É indispensável a manutenção periódica das portas de entrada e portões de garagem, que devem, em caso de quebra, ser imediatamente consertados.
Caso o condomínio opte por terceirizar os serviços de portaria, limpeza, manutenção e segurança, deve-se procurar empresas idôneas e legalmente constituídas no mercado, bem como buscar e proporcionar atualização em assuntos relativos à segurança.
A segurança preventiva dos condomínios está diretamente ligada à mudança de hábitos. Descumprir as normas estabelecidas é colocar em risco o condomínio e, portanto, a segurança dos que nele habitam.
O síndico deve levar o assunto à assembleia para que todos busquem medidas que possam contribuir para o bem-estar e proteção de todos. Por fim, devemos nos manter em permanente estado de alerta.
Flávio Amary é vice-presidente do Interior do Sindicato da Habitação no Estado de São Paulo (Secovi-SP) e escreve às quartas-feiras neste espaço – famary@uol.com.br