A obrigação do síndico é conservar e valorizar o patrimônio do condomínio e isso inclui providenciar serviços de zeladoria, tema que temos desenvolvido neste espaço de coluna. Vamos olhar, por exemplo, como estão os azulejos das áreas comuns do condomínio?
Pense na garagem revestida por azulejos ou ainda no banheiro da piscina, da sala de ginástica, da guarita dos colaboradores, então, observe se há peças trincadas, sujas, com o rejunte cheio de mofo e até faltando alguns pedaços!! Isso deixa os ambientes com uma aparência muito feia e vai dando aquela vontade de arrancar tudo e trocar por um novo revestimento, mais moderno, porém, o fluxo de caixa no momento não permite, ainda mais em época de pandemia.
Os rejuntes, com o passar dos anos, ficam danificados, desgastados e com aparência de antigos. Ficam expostos à umidade, calor, frio, mudanças climáticas em geral, nas áreas abertas ou fechadas. Esta movimentação gera uma dilatação nas peças e causa deformações. Os ambientes ficam com aspecto desagradável e insalubre, passando a sensação de um certo descaso por parte do síndico, como também podendo passar a impressão de um desequilíbrio financeiro no edifício. Com o agravante de que, pelo fato desses ambientes permanecerem muito tempo assim, o gestor acaba colaborando para a possível proliferação de fungos e germes no local, que acentuam problemas alérgicos e respiratórios tanto dos condôminos como dos colaboradores.
Minha sugestão é que o síndico passe neste mês por todas as áreas azulejadas do seu edifício e faça um pente-fino em cada peça do revestimento, documente tudo, fotografando as deformidades.
Nem sempre, com o rejunte danificado, antigo ou desgastado, a remoção ou troca da peça será necessária. No Edifício Ilha de Guadeloupe, em São Paulo, residencial que tem 28 anos, troquei algumas peças trincadas do vestiário da sauna e do box, e refiz o rejunte dos azulejos de todas as áreas. Ficou sensacional, como novo. Temos no depósito algumas peças que sobraram da obra e ficaram aqui desde a época da implantação do condomínio, elas foram de grande valia para a troca das partes trincadas.
Nesse serviço, é essencial limpar primeiramente todo ponto a ser reparado, removendo-se sujidades com o uso de produtos adequados, conforme recomendação do fabricante. Por exemplo, alguns tipos de porcelanato podem manchar com produtos caseiros ou abrasivos, por isso, é muito importante que o síndico e/ou o zelador se informem previamente quanto à solução mais indicada para esta limpeza.
Feito o procedimento, avalia-se a necessidade ou não de remoção do rejunte antigo. Em nosso caso, isso não foi necessário, apenas aplicamos o novo rejunte por cima. Com dois dias de trabalho, um profissional azulejista e cuidadoso, com toda delicadeza e cuidado, removeu apenas as peças trincadas, num total de 40.
O trabalho propiciou um visual novo para essas áreas, deixando entre todos a certeza do cuidado do síndico com a conservação e valorização do patrimônio.
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