Sinalização: Segurança, orientação e acessibilidade

O síndico profisional Daniel Alexandre Rubin não descuida da sinalização dos dois edifícios comerciais do qual é gestor, cada um com uma população fixa de cerca de 800 pessoas e flutuante em torno de duas mil por dia. “É preciso clareza na sinalização, se colocar no lugar do usuário que não reside nem trabalha no prédio. A sinalização deve ser instalada em locais de fácil visualização, para que ninguém se perca pelo condomínio”, afirma. Além de facilitar o trabalho dos funcionários no atendimento aos visitantes, a sinalização deve atender a questões de acessibilidade. “Recomendo a contratação de empresas especializadas, que conhecem a legislação e podem orientar os síndicos. São necessárias, por exemplo, a sinalização visual indicando os andares, braile no início e final dos corrimãos, entre outras adequações”, aponta.

Atualizar o condomínio, promovendo as sinalizações apropriadas, é mais do que urgente. Segundo a arquiteta Mara Cabral, acessibilidade é lei federal, estadual e municipal. “Sendo assim, não deve entrar em discussão se é preciso ou não adequar o prédio, e sim resolver em assembleia o quanto e como o condomínio irá gastar para promover a acessibilidade, o que inclui a comunicação e sinalização nas edificações de uso coletivo e público”, orienta.

Conforme a NBR 9050/2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), há três formas de comunicação e sinalização: visual, tátil e sonora. Elas se dividem em quatro tipos – permanente, direcional, de emergência e temporária. A sinalização visual deve ser perceptível a pessoas de baixa visão (as dimensões das letras e números estão previstas na norma técnica, bem como os tipos de letras e cores). Os textos contendo orientações, instruções de uso de áreas, objetos ou equipamentos, regulamentos e normas de condutas presentes nas sinalizações devem trazer as mesmas informações em braile.

As sinalizações táteis incluem informações em batentes de portas, de elevadores, em corrimãos e rampas, e sinalização tátil de alerta no piso (como no início e término de escadas e rampas e junto à porta do elevador). Especial atenção deve ser dada à sinalização de emergência, por exemplo, indicando rotas de fuga e saídas de emergência com informações visuais e sonoras.

Além de promover a acessibilidade, a sinalização do condomínio deve ser produzida em material adequado, para garantir durabilidade. José Antonio Suarez, profissional especializado em sinalização, tem notado a tendência ao uso de volume para que a comunicação visual não tenha um aspecto chapado. “O MDF, por exemplo, é um material utilizado para que uma placa ganhe volume quando aplicada em portas ou paredes internas”, diz. Composições com materiais diferentes também têm agradado. É possível, por exemplo, misturar aço com acrílico, promovendo um visual sofisticado. Também são muito utilizados o PVC, alumínio e chapa galvanizada, esclarece José Antonio. Fundamental para os síndicos, acrescenta, é estar atualizado com a legislação.


Matéria publicada na edição 160 ago/11 da Revista Direcional Condomínios

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