SALVE 9 DE JUNHO, DIA DO PORTEIRO!

NOVE DE JUNHO é o Dia do Porteiro. É importante valorizar quem vai muito além de um abre e fecha de portões. Em portaria residencial convencional, por exemplo, dia e noite há um profissional da categoria (ou mais), atuante na vigilância, no uso de aparatos eletroeletrônicos, trato com moradores, visitantes e prestadores de serviço e, ainda, atento ao pulsante movimento de entregadores de produtos e refeições.

 

Com a chegada da portaria remota (que dispensa porteiro físico), criou-se nos últimos anos certa dúvida quanto ao futuro da atividade. Na opinião do síndico profissional Carlos Theodoro Martins, que ministra cursos condominiais no Senac, há mercado para todas as portarias, algumas até no modelo híbrido, presencial de dia, e remota à noite. “Existem condomínios que são resistentes ao extremo em relação à portaria remota, e outros que já iniciam a vida condominial

com este modelo; há mercado para ambos os estilos, basta saber qual será adotado e fazer uma reeducação condominial com moradores para

 ajustar o seu comprometimento com a segurança”, avalia.

O síndico Carlos Theodoro Martins: super-heróis de uniforme azul

“A portaria física é essencial em condomínios com alto fluxo de entrada e saída de pessoas e o treinamento é fundamental para a segurança da edificação. Os porteiros são figuras de extrema importância para manter a ordem e o bem-estar de todos!”

(Luciana Ramos Barbarow, presidente, NATZAR Facilities)

Outro marco no acesso aos condomínios edilícios da atualidade são as porteiras. “O contingente maior do sexo feminino está em condomínios comerciais, porém uma evolução vem acontecendo nos residenciais. A função é a mesma, mas os cuidados, não. O olhar feminino é mais apurado e percebo que as porteiras não deixam a peteca cair em uma situação de estresse. Nos condomínios que administro têm algumas porteiras no controle de acesso e são bem dedicadas”, observa o síndico e educador.

Seja porteiro ou porteira, o fato é que quem exerce essa função é primordial para o condomínio segundo Carlos, que observa: “É a pessoa que coloca o seu instinto protetor para que todos que habitam o condomínio se sintam seguros, enquanto ela própria executa várias tarefas ao mesmo tempo e sem tirar o foco da segurança. Para mim, porteiros são super-heróis de uniforme azul”. No entanto, até para continuar a desempenhar seus papéis bravamente, o síndico alerta que o ideal é que porteiros terceirizados e orgânicos recebam treinamentos frequentes. Mas ele pondera que para isso seria preciso haver condições mais adequadas.  “Os cursos de atualização normalmente acontecem no período noturno, e longe do local onde os porteiros moram, gerando obstáculos. Às vezes, conseguimos fazer uma reciclagem in loco, porém o aproveitamento é muito baixo”, comenta.

“Terceirizar a portaria é investir em uma solução eficiente, que te permite focar no seu negócio e reduzir custos operacionais que podem ser alocados para outras prioridades.”

(Chen Gilad, CEO e especialista em segurança, Grupo Haganá)

Profissionais Exemplares

Conheça dois porteiros indicados à revista por síndicos profissionais: em comum, ambos são terceirizados, proativos, articulados e têm respeito pelo ofício.

Bruno dos Santos, 26 anos

Paulistano, morador do Capão Redondo, Bruno concluiu o ensino médio, fez cursinhos de informática e foi vendedor. Aos 20 anos, ingressou na portaria de um residencial no Brooklin. “Eu não jovem, não tinha nem barba quase, mas com meu jeito responsável, respeitoso e comunicativo provei que tinha sido uma escolha acertada. Até já cobri férias do zelador”, orgulha-se. Bruno está feliz no posto, sente-se acolhido especialmente pelos vários idosos. “Eu gosto da minha profissão, mas o carinho dos moradores não preço. O dia a dia com eles é a melhor parte do trabalho”.

Adriano Alves, 36 anos

Natural da Bahia, foi aprovado em primeiro lugar para agente de portaria em concurso público de sua cidade, a 250 km de Salvador. Dos 20 aos 27 anos ocupou o posto em um colégio. Os atrasos no pagamento o trouxeram a Itapevi, na Grande São Paulo, em busca de nova oportunidade, que surgiu num condomínio-clube na Lapa, onde está há nove anos. “No início, o trajeto de quatro horas para ir e voltar, e a escala noturna, foram desafiadores, mas me acostumei. E, como eu já tinha cursado informática na minha cidade, me adaptei fácil às ferramentas de vigilância, controle e comunicação da portaria, bem mais estimulantes do que nas portarias antigas.”

“É preciso difundir a cultura de segurança colaborativa nos bairros. Totens com câmeras atendem a esse propósito e ajudam a inibir atividades criminosas.”

(Chen Gilad, CEO da Haganá e cofundador da CoSecurity)

Matéria publicada na edição 301 jun/24 da Revista Direcional Condomínios

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