Tratamento de piso: novo brilho na recuperação e restauração

Cada superfície demanda uma manutenção diferenciada e, em alguns casos, como em pedras rústicas, o desgaste costuma ser maior, com manchas que podem se tornar irreversíveis. Mas é possível revitalizar a maior parte dos pisos.

Em uma visita feita pela reportagem da Direcional Condomínios aos Edifícios Atlas e Apolo, construção com 40 anos de idade, um dos aspectos que mais chamaram a atenção foi a conservação, beleza e brilho do revestimento em granilite das escadarias internas. “Os síndicos devem repensar essa parte do piso, porque vale a pena recuperar, dá outro aspecto e valoriza os imóveis”, observa José Máximo Pontes, há anos está à frente do condomínio localizado no bairro de Vila Mariana, zona Sul de São Paulo.

Quando o edifício já se encontrava com 35 anos de idade, José Máximo resolveu apostar na recuperação do granilite. “Optamos pelo polimento a base de água, o que não levanta poeira e quase não incomoda, e passamos uma resina de proteção, responsável pelo brilho”, relata o síndico, lembrando que o processo removeu 90% das manchas. Uma área difícil de tratar foi a escadaria que leva do térreo ao subsolo, cuja superfície sofreu, durante anos, a ação de produtos abrasivos.

“Estava quase irrecuperável, tivemos que fazer reposição de material, mas não ficou tão bom como nos andares superiores”, lamenta o síndico. Para a manutenção atual, ele evita o uso de abrasivos e, mediante alguma nova mancha, recomenda aos funcionários removê-la com o uso de esponja macia. Segundo José Máximo, o 1º e 2º andares registram maior trânsito de pessoas, por isso, o que muda nesses locais é a periodicidade da limpeza, mais frequente.

De acordo com Marcio Garcia, especialista na área, o granilite é um material composto por cimento e derivados de granitos e mármores, “e não pode, em hipótese alguma”, ser lavado com ácidos ou soluções do tipo limpa-pedra. “Esses produtos retiram o agente agregador (cimento), desgastando a superfície e deixando-a porosa e passível de absorver sujeira.” Caso isso ocorra, Marcio recomenda o polimento acompanhado pela impermeabilização. E sua manutenção deverá ser feita apenas com pano úmido e detergente neutro, a exemplo do procedimento adotado pelo síndico José Máximo em seu condomínio.

Mas atenção: cada tipo de material deverá receber um tratamento apropriado. No caso do granilite, o mais indicado é trabalhar com um misto de polimento (recuperando sua funcionalidade) e restauração (recomposição estética). Entretanto, recomenda-se ainda sua impermeabilização através de seladora e ceras acrílicas. Já em relação à ardósia, menos resistente, o que mudará é a forma de impermeabilizá-la, que poderá ser feita também com epóxi. E há materiais que não comportam polimento, como cerâmicos, porcelanatos e as pedras Miracema e Goiás.

Diante dos revestimentos em pedras porosas e antiderrapantes, em geral os condôminos têm que se conformar um pouco mais com as manchas, como as de gordura e óleo. “Infelizmente, se forem absorvidas pela pedra, fica impossível retirá-las, elas podem ser somente amenizadas.” O granito “apicoado” e rústico, por exemplo, costuma “segurar” a sujeira, por isso, é indicada sua limpeza técnica periódica com impermeabilização em hidro-óleo, em um intervalo entre quatro e seis meses, finaliza Marcio.

Matéria publicada na edição – 184 de out/2013 da Revista Direcional Condomínios

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