Empresário do setor têxtil, Ygor Romão produz uniformes para diferentes segmentos, e sabe o valor de seu produto para quem tem de usá-lo no dia a dia. Há o aspecto prático, como não gastar dinheiro com roupas de trabalho, nem ter de pensar no que vestir. Mas há outro ponto relevante: a sensação de pertencimento a um determinado núcleo. “Em sua origem, do latim, a palavra uniforme significa uma só forma. Um funcionário uniformizado sente-se melhor inserido no ambiente e membro efetivo da equipe”, diz Ygor.
Maurício Jovino, docente do SENAC, e o empresário Ygor Romão (com pilha de peças) creem que trabalhador uniformizado se sente membro da equipe
Docente do SENAC em temas condominiais, Maurício Jovino atuou como síndico profissional durante 12 anos e endossa a observação de Ygor. Egresso do mundo corporativo, ele conta que se surpreendeu no início da sindicatura ao entregar os primeiros uniformes. “Para mim, era algo tão normal, mas para muitos desses trabalhadores, alguém os havia enxergado com humanidade. Alguns agradeciam com nó na garanta. Para eles, trazia uma sensação de reconhecimento, segurança e pertencimento. Começavam a ser vistos como pessoas importantes no condomínio, o que realmente são”, recorda Maurício.
Ele levava o assunto tão a sério que optava pela personalização de uniformes em um processo que envolvia os funcionários na escolha de cores, modelos e tecidos. “Eu pedia à fabricante de uniformes que enviasse um representante aos condomínios, convidava um conselheiro e os colaboradores e definíamos como seriam as roupas. O representante nos aconselhava, tirava medidas, e o resultado final eram uniformes confortáveis, condizentes à jornada de trabalho”.
Maurício, que viu porteiro trabalhando com sapato furado, lembra que para o condomínio custa pouco cuidar com atenção do vestuário e traz benefícios, como a melhora no desempenho dos funcionários, e transmite ideia de organização ao local. “Mesmo em condomínios mais simples dá para investir em uniformes, como calça de brim e camisa polo. Tem solução para tudo, basta o síndico ser proativo e ir atrás”.
Matéria publicada na edição 284 nov-dez/2022 da Revista Direcional Condomínios
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