Uso do desfibrilador no Metrô de São Paulo é destaque em simpósio no Incor

O uso do aparelho garantiu que 53% dos passageiros vítimas de ataque cardíaco chegassem com vida ao hospital, índice semelhante ao de aeroportos americanos, do Japão e da Europa.

Nesta quarta-feira, 18, às 13h30, o sucesso no uso de desfibrilador no Metrô de São Paulo será destaque no Simpósio de Emergências Cardiovasculares e Ressuscitação do Incor (Instituto do Coração), que será realizado no Centro de Convenções Rebouças. O uso do aparelho desfibrilador em emergências pelos funcionários do Metrô garantiu que 53% dos passageiros vítimas de ataque cardíaco chegassem com vida ao hospital. Esse índice de socorro bem-sucedido no metrô paulista é semelhante ao de aeroportos americanos, do Japão e da Europa.

A constatação foi publicada recentemente no Journal of the American Heart Association, em estudo intitulado “A sobrevivência após parada cardíaca em fibrilação ventricular no Metrô de São Paulo – O primeiro programa de sucesso na América Latina para o uso do desfibrilador”, produzido em conjunto por médicos do Incor de São Paulo, Metrô e Universidade do Arizona, dos Estados Unidos. O estudo acompanhou, de setembro de 2006 a novembro de 2012, 62 pacientes que tiveram paradas cardíacas em estações do Metrô para verificar se houve sequelas ou comprometimento neurológico.

Do grupo estudado, 34 pacientes permaneceram vivos durante a internação e desses 23 receberam alta hospitalar com o mínimo comprometimento. Com base nesses números, o estudo concluiu que 37% dos usuários que sofreram parada cardíaca sobreviveram à alta hospitalar. Foi verificado que o curto intervalo entre a parada cardíaca e a desfibrilação foi fundamental para que a parte neurológica da pessoa ficasse intacta.
Esse é o primeiro estudo que mostra um programa de sucesso para a utilização do desfibrilador em uma grande cidade da América Latina.

Treinamento

Atualmente, 3.500 funcionários do Metrô são treinados pelo Centro de Emergências do Incor, na capital paulista, e estão plenamente capacitados a prestarem o primeiro atendimento a passageiros que eventualmente passem mal em trens ou estações.

De agosto de 2006 a setembro de 2015, foram feitos 11.927 treinamentos de primeiros socorros com uso do aparelho desfibrilador (DEA), incluindo as reciclagens. Só neste ano, foram treinados 582 agentes. A preocupação do Metrô de São Paulo é que sempre existam empregados em condições de prestar os primeiros socorros.

Desfibriladores no Metrô de São Paulo em números

72 aparelhos

3.500 metroviários treinados

8 horas de curso

582 funcionários treinados em 2015

11.927 metroviários participaram dos treinamentos, incluindo as reciclagens, de 2006 até 2015

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